sexta-feira, 25 de setembro de 2009

RESERVA LEGAL E BANDEIRANTES


É deprimente ver a Band Nacional, através de vinhetas institucionais dramatizadas, fazer apologia ao descumprimento da Lei que determina e quantifica a reserva legal. Os maiores interessados nisso são os grandes produtores da agricultura industrial de EXPORTAÇÃO MONOCULTURAL e de grandes grupos de maquinário e suprimentos agrícolas, muitos dos quais, anunciantes da emissora.

A não preservação contribui, aqui no RS, para as secas crescentes, já que 1/3 das chuvas do sul são provenientes da evapotranspiração da Amazônia; a compactação do solo reduz a níveis preocupantes sua permeabilidade e nível de hidratação; o carbono presente nas plantas, quando estas são desmatadas, liberam dióxido de carbono à atmosfera, contribuindo para o efeito estufa; a matança de espécies vegetais e animais desequilibra o ambiente; a diminuição das matas ciliares (ao redor de nascentes, cursos d'água, encostas e topos) prejudica o abastecimento hídrico, a diversidade natural e diminui a proteção contra enchentes.

Os dramas ambientais que temos visto em SC devem-se, em grande parte, à diminuição da mata ciliar de 30m para 5m, de olho, também, nas empresas do mercado imobiliário. São políticos carreiristas legislando sobre um tema técnico, favorecendo grandes grupos econômicos, muitos deles financiadores de suas próprias campanhas eleitorais. E essa ideologia começa a infiltrar-se no legislativo gaúcho.


Por outro lado, vejo outras campanhas que a Band Nacional promove,  acusando Rádios Piratas e invasores de terra de CRIMINOSOS, por descumprirem a lei. Com isso, me pergunto:

Não seria crime, também, a incitação ao descumprimento da lei (no caso, o Código Ambiental Brasileiro) por parte da Band, que é uma empresa com concessão pública para informar?

Afinal, a quem interessa esse sensacionalismo desinformante da oligarquia midiática?

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