quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Ártico Corre Risco de não ter Mais Gelo em 2030


A conclusão é dos pesquisadores a bordo do navio Arctic Sunrise:

Estreito de Fram, Ártico – A área mínima de extensão de gelo no Ártico chegou ao terceiro menor nível já registrado na história. A estimativa foi realizada durante a expedição do navio Arctic Sunrise, do Greenpeace, à região do Ártico. A descoberta indica que, em poucos anos, essa região poderá ficar completamente sem camadas de gelo durante o verão.

“Estamos entrando em uma nova era de derretimento no Oceano Ártico, devido ao aquecimento global”, afirma Peter Wadhams, da Universidade de Cambridge, pesquisador da expedição. Em cinco anos a maior parte do gelo pode derreter, restando apenas uma pequena quantidade na Ilha Ellesmer. Em 20 anos, essa quantidade também poderá ter o mesmo destino, fazendo com que o Ártico fique completamente sem gelo no verão. “É nítido que não poderemos mais nos basear nas previsões de derretimento realizadas antes, uma vez que elas estão sendo constantemente superadas.”, completa.

A extensão da camada de gelo no Ártico vem diminuindo nas últimas três décadas, mas sofreu uma aceleração nos últimos quatro anos. Em 2007 a redução da camada de gelo chegou a níveis que, de acordo com as previsões anteriores, não seriam atingidos até 2080. “Novos recordes de derretimento de gelo são alarmes para a situação do clima no planeta”, afirma Melanie Duchin, líder da expedição do Greenpeace.

Os líderes mundiais precisam atender a esses alarmes e fechar um acordo que promova ações firmes e decisivas em prol do clima, durante a Conferência do Clima, que será realizada em Copenhague (Dinamarca), em dezembro. Os países desenvolvidos precisam cortar 40% de suas emissões até 2020, além de investir 140 bilhões por ano para ajudar países em desenvolvimento a lidar com os impactos das mudanças climáticas. É necessário, ainda, que o desmatamento deve ser combatido, além da concentração de esforços, visando a implantação e migração para uma economia baseada no baixo índice de emissão de carbono.
 
Fonte: Greenpeace

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