sábado, 3 de outubro de 2009

MEIO AMBIENTE QUE DÁ CERTO!!!


Camponeses inauguram indústria de biocombustível em Santa Cruz.


(Por Raquel Casiraghi, Agência Chasque)


Pequenos agricultores do Rio Grande do Sul, em parceria com a Petrobras, inauguraram o Centro de Formação e Produção Alimento e Bioenergia São Francisco de Assis, na cidade de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo. O centro de formação inclui a casa de sementes crioulas, escritórios, a extratora de óleos vegetais e a indústria de biodiesel multióleos.

Com os equipamentos, a capacidade de produção da indústria irá passar de mil litros de biocombustível ao dia para cinco mil litros. O combustível será usado para o auto-consumo das cooperativas e no maquinário usado nas lavouras pelos camponeses. A indústria também irá utilizar como matéria-prima o óleo de cozinha inutilizado nas casas dos agricultores.

Gilberto Tuhtenhagen, integrante do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), aponta vantagens econômicas e ambientais no projeto.
“Nós temos um compromisso com o meio ambiente. Nós produzindo e consumindo um combustível limpo, estamos contribuindo para a liberação de menos gás carbônico no meio ambiente. No econômico, estamos produzindo combustível mais barato para nós e para a sociedade. É mais barato do que os combustíveis do petróleo”, diz.

Para fugir da soja e da monocultura nas pequenas propriedades, os camponeses apostam no sistema de agrofloresta a fim de produzir matéria-prima à usina. A idéia é consorciar a produção de árvores frutíferas e de animais com plantas que servem para produzir biocombustível, como o tungue e o pinhão-manso.

A indústria já adquiriu 30 toneladas de tungue de produtores do Vale do Taquari para produzir o óleo. Segundo Gilberto, cerca de 2,5 mil agricultores gaúchos já estão inseridos diretamente no sistema produtivo. No entanto, a indústria também irá produzir óleo de canola e girassol para consumo na alimentação humana.
“Nós estamos entrando numa situação em que o agricultor pode ficar auto-suficiente em alimento e energia. Esse projeto que estamos desenvolvendo, o agricultor tem condições de produzir alimento para si e para vender e energia para o seu consumo e para vender”, argumenta.
O projeto do MPA também engloba assistência rural. Uma parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) permitiu a contratação de cerca de 60 técnicos que orientam agricultores gaúchos na produção do biocombustível.

*Capacidade de produção da indústria é de cinco mil litros de biocombustível ao dia. Crédito da foto: Leandro Silva
E o melhor meus amigos: sem latifúndios sojeiros!!!

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